álbum de família - FRECH

Família Frech. Karl August, Regina e os dez filhos: Karl August, Julius, Frida, Emma, Augusto, Anna Regina, os gêmeos Gustavo e Ernesto; Helena e Margarida.  Vila de Visconde de Mauá, década de 1930

 ©Memórias da Vila/ acervo Família Frech

FAMÍLIA FRECH

Karl August Frech e Regina Dittel Frech.  Vila de Visconde de Mauá

A genealogia com as datas encontra-se no final desta postagem. 

©Memórias da Vila/acervo Família Frech

O casal Frech e o cachorrinho da família no pomar do quintal de casa. Vila de Visconde de Mauá. 

©Memórias da Vila/  acervo Família Frech

Família Frech    ©Memórias da Vila/ acervo Família Frech

A família Frech chegou ao Brasil em 1913.
Vieram para trabalhar como agricultores no Núcleo Colonial Visconde de Mauá.
1908 - criação do núcleo | 1916 - emancipação do núcleo

A primeira casa de colonos foi na Maromba. Depois mudaram definitivamente para a Vila de Visconde de Mauá, ainda no tempo em que esta era um pequeno arraial.

Regina Frech  (à direita).Pensão Mauá. Vila de Visconde de Mauá  

 © Memórias da Vila/  acervo Família Frech

Em 1929 fundaram a Pensão Mauá, uma bonita casa construída especialmente para atender aos visitantes desta montanha. Esta casa está localizada na vila de Visconde de Mauá e com seus quase 100 anos, guarda suas características arquitetônicas. SAIBA MAIS. 

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A IMIGRAÇÃO - 1913

1913

FAMÍLIA FRECH -  alemães de Schomdorf.

casal: Karl August Frech(29) e Regina Dittel Frech [nascida na Hungria](23)

filhos: Karl(3) e Julius(1)

NAVIO a vapor Zeelandia - holandês

EMBARQUE -  Amsterdã dia 17 de setembro de 1913

CHEGADA - Porto do Rio de Janeiro dia 5 de outubro de 1913

HOSPEDARIA da Ilha das Flores de 5 à 15 de outubro de 1913

Em Visconde de Mauá nasceram os filhos: Frida, Emma, Augusto Frederico, Anna Regina, Ernesto Cezário, Gustavo Hermand, Helena e Margarida

A família Frech permaneceu na região de Visconde de Mauá. Alguns integrantes viveram em Resende e, em outras localidades no Brasil.

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GENEALOGIA

FRECH - genealogia

●● Karl August Frech (*09.03.1884 Manholz DE - †04.04.1938 Rio de Janeiro) 
       - Regina Dittel (*29.03.1890 Fünfkirchen HU - † 05.05.1953 Resende) 
●●● Karl August Frech - Carlos (*15.12.1909 Schomdorf DE – †28.12.1979 Rio de Janeiro)

        - Maria Fernandes
●●● Julius Frech - Júlio (*22.06.1912 Stuttgart DE – †09.08.1980 Resende) 

          - Joana Moreira
●●● Frida Frech da Silva (*28.05.1914 Visconde de Mauá – †21.02.1988 Visconde de Mauá)

          - José Emidio da Silva
●●● Emma Frech de Souza - Ema  (*26.11.1916, Visconde de Mauá – †02.04.1980 Resende) 

          - Alvarinho Teodoro de Souza
●●● Augusto Frederico Frech - Augustinho (*15.10.1918 Visconde de Mauá - †19.07.1994 Resende)

          - Elsa Guimarães
●●● Ana Regina Frech (*23.05.1920 Visconde de Mauá - †05.03.1993 Resende)  

●●● Ernesto Cezário Frech (*05.10.1922 Visconde de Mauá - † 07.02.2009 Resende) 

          - Maria Aparecida de Almeida 
●●● Gustavo Hermand Frech (*05.10.1922 Visconde de Mauá - †13.08.1988 Visconde de Mauá) 

         - Maria Francisca Diniz - Maria Quirino
●●● Helena Frech (*18.04.1926 Visconde de Mauá - †19.07.1986 Resende)

          - Constantino Ribeiro da Silva
●●● Margarida Frech (*26.07.1928 Visconde de Mauá - †1973 São Paulo) 

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Na comemoração de 100 anos, em 2013, houve uma celebração na igreja de São Sebastião na Vila de Visconde de Mauá. O evento trouxe a visita de primos da Alemanha, e gente de todo o Brasil.

Nas fotografias as meninas brasileiras em trajes típicos de camponesas alemãs, todas descendentes da família Frech.

©Memórias da Vila/ acervo família Frech

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A FAMÍLIA

[Vamos aos poucos inserir aqui os resultados de nossa pesquisa sobre cada um dos integrantes desta família]

GUSTAVO e ERNESTO

©Memórias da Vila

Vamos contar aqui umas lembranças destes dois meninos Gustavo Hermand e Ernesto Cezário, os irmãos gêmeos. Eles estavam entre os dez filhos da família Frech. A mãe Regina era parteira, mas no nascimento de seus filhos quem fez o trabalho de parteiro foi seu marido Karl August. Imaginem a surpresa de gêmeos! O primeiro a nascer foi o Gustavo e em seguida nasceu Ernesto.
Havia um combinado dos pais que sempre que o Gustavo chorasse durante a noite a mãe o atenderia e, quando o Ernesto chorava quem atendia era o pai. Curiosamente nos retratos de família quem sentava no colo da mãe era o Gustavo, e o Ernesto no colo paterno.
Nas fotografias: os meninos na Vila de Visconde de Mauá, com o cachorrinho de estimação em 1925. E na outra fotografia, os irmãos apreciando uma cerveja num bar na cidade de Resende.

Ah! Frida, filha do casal Frech seguiu o ofício da mãe, era parteira! Ficou muito conhecida na região. 

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VEJA TAMBÉM

álbum de família - "MARIQUINHA" e ALEXANDRINA;

CASA DE COLONO - Núcleo Colonial Visconde de Mauá (1908-1916)

onde PISO - ladrilho hidraulico

Devoção à RAINHA e PADROEIRA do Brasil

COLONOS EUROPEUS no núcleo (1908-1916)

álbum - SOBRE RODAS - combustíveis 

tradição - PAÇOCA na Semana Santa

Aqui tem PERA desde o tempo da colônia

FÉ - CAPELLA DE MAUÁ os batismos em 1922

ofício de FERREIRO

Uma família de ferreiros de Schorndorf, Stuttgart na Alemanha para Visconde de Mauá! SAIBA MAIS

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ENCONTRAMOS NA IMPRENSA

Jornal A Lira. Cartas ao Simão Em 5-11-61

Meu caro Simão

Schorndorf, Stuttgart é uma vila no sul da Alemanha, no Estado de..... Não consta de mapas comuns, tão pequenina ela é. Muito bem. No último quarto do século passado existia em Schorndorf, Stuttgart uma fábrica de instrumentos agrícolas. O proprietário dessa fábrica inventou uma máquina que facilitaria os árduos trabalhos do campo. Enviou à capital do país, Berlim, um seu auxiliar para que registrasse o invento. ? a respectiva patente. O emissário fez tudo direitinho mas em seu nome próprio. Indignado o Johann Frech recorreu à justiça. Demandou vários anos e quando terminou havia perdido a causa e tudo quanto possuía.

Entre outros filhos o velho Johann Frech tinha um por nome de Augusto, que era ferreiro como ele e que havia se tornado marinheiro da marinha mercante. Como tal havia estado vários meses e Vitória, no Espírito Santo. Já era então casado com Regina, filha do camponês Antonio Dittel, da mesma região de Schorndorf, Stuttgart.

Naquela altura muito se falava do Núcleo Visconde de Mauá, em propaganda que o governo brasileiro fazia ao mesmo tempo na Alemanha e na Suíça. O Augusto Frech passou a mão na Regina e mais um ou dois filhos que já tinham e veio dar com os coitados em Mauá.

Este caso de Mauá, meu caro Simão, é algo que entre outras tantas coisas, eu preciso ainda lhe escrever um dia carta um tanto longa a respeito, para você compreender bem o que se passou ali no princípio deste século.

Mauá não oferecia condições para o Augusto Frech, sustentar sua família. Desceu. Veio trabalhar como ferreiro com meu avô Nicolau Taranto. É dessa época que me lembro dele. Como havia me ficado a recordação que ele vinha segunda-feira, cedinho, a pé, de Mauá, trabalhava a semana inteira e voltava sábado à noite também, à pé, para visitar a família.

Mesmo assim, a prole não parou... Carlos (casado com Maria, gente de Mauá, que lhe deu três filhos) é alemão, veio com ele; Júlio (casado com a Joana, gente de Mauá, também alemão e ganhou cinco filhos dela); Friedda (casada com José Emidio da Silva, a quem presenteou com uma fileira de filhos; doze, só contando os vivos!); Emma (casada com o dentista paulista Albanio de Souza, a quem deu quatro filhos. Ele morreu em São José do Pinhal, no Paraná); Augusto (casado com Elza, mineira de Recreio, professora pública, que lhe deu dois filhos); Ana Regina, solteira; Ernesto e Gustavo (Gêmeos). Ambos casados. O Ernesto com a Fiota, filha de José Virgílio, daqui de resende. A Maria já deu dois filhos ao Gustavo; Helena (casado com Constantino Ribeiro, há quem quem presenteou já três filhos0 e, finalmente, a Margarida, que é ainda solteira.

Enquanto a filharada ia chegando o Augusto Frech ia tentando aqui e ali. Assim é que pôs a própria ferraria em Mauá. Fabricava foices. De três velhas fazia uma nova. De pedaços de trilhos fazia as mais famosas da região. Carlos, o filho mais velho,  aprendeu com ele o segredo da têmpera e ainda hoje tem sua fabrica de foices. Só que as faz de preferência, de molas de automóveis e caminhões e o seu malho é mecânico...

Os filhos aprenderam com ele instalações de turbinas e geradores, principalmente o Júlio e o Augusto. Pena que se não dediquem como o velho o fazia.

Em 1930, sentindo-se já, e com muita razão, cansado, o Augusto Frech montou a sua pensão em Mauá. Tratava dos hóspedes que não lhe faltavam e da chácara. Mais propriamente, das suas fruteiras. Era um apaixonado pelas pereiras e pelos pessegueiros. Peras saborosas e pêssegos saborosíssimos. Durante a grande guerra, em 1942, quando o Juca Brito (um carioca ilustre, engenheiro, pai de um dos gigantes da imprensa guanabarina, M.F. Nascimento Brito, superintendente do Jornal do Brasil) me disse que não acreditava na maldade que os jornais diziam dos alemães, porque havia estado muitas vezes lá, e os sabia bons, alegres, amantes das frutas e das flores, eu me lembrei dentre outros alemães que conheço, do Augusto Frech, encarapitado na escada, a lidar com as suas fruteiras. Um dia o Augusto levou um tombo quando tratava de suas árvores. Pensou que lhe havia deslocado o rim. Começou o sofrimento. O Dr. Ernesto de Oliveira o operou, foi para o Rio, operou se sei lá mais quantas vezes... mas acabou embarcando para aí, meu caro Simão. O tombo nada tinha que ver com seus sofrimentos... o cancer... Isto aconteceu no dia 4 de abril de 1938. O Augusto havia nascido em 9 de março de 1884. A Regina a sua companheira de tôdas as horas, ainda ficou aqui quinze anos... tomou o caminho daí em cinco de maio de 1953.

Dos filhos o que se parece com êle é o Júlio. Entretanto o neto Liti, filho da Friedda, é o seu retrato vivo. Procure-o aí pra mim, meu caro Simão. Estará enrolando um cigarro, depois de tirar o maço de fumo Cinco Pontas do bolso do colete. Faz o cigarro com perfeição. Não há enganos(?). É um alemão ruivo como os alemães. Usa botinas de elásticos. Diga-lhe que me não esqueci da surra que me proporcionou ai por volta de 1934(?), na varanda de sua casa, quando tentei jogar xadrez com êle...Diga-lhe que o Guilherme Lehman, seu concunhado, e a Emma sua cunhada (irmã da Regina), vão bem e morando ali mesmo pertinho da linha da E. de Ferro...Ela e a Regina são gente nossa...pelo coração, desta dura(?) terra de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova.

Lá vai um abraço do seu muito amigo e certo PEDRO. Em 5-11-61

FONTE in: Jornal A Lira /Cartas ao Simão . Resende 5 de novembro de 1961 in: memoriasdavila.blogspot.com 

OBSERVAÇÃO: o texto acima foi transcrito no formato digital por Memórias da Vila, utilizando como referência imagem em anexo. Há uma ou outra palavra que não digitamos diante da dificuldade de boa leitura . 

No entanto nos foi informado que há algum nome escrito errado. Neste caso a árvore genealógica da família está disponível logo acima e nela as informações estão de acordo com as observações da família. 

Por gentileza ao copiar este conteúdo cite a fonte

Memórias da Vila. Grata. Domitila 

©acervo família Frech

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Citação de FONTE: BERCHT, Domitila/memoriasdavila.blogspot.com

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